top of page

Quem é eficaz não será despedido.

 

Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro*

A decisão de despedir alguém passa, necessariamente, por critérios próprios de cada empregador, mas uma coisa é certa: quem é essencial não será despedido.

Quem é essencial?
Os empregadores conscientes sabem que o capital humano é um patrimônio que precisa ser preservado, assim sendo, certamente não será despedido alguém que possa levar informações, contatos e tecnologia que favoreçam aos concorrentes. Não será despedido aquele que tem sentimento de pertencimento à organização empregadora, que se refere a  ela como “nós”, procura participar das decisões, tem iniciativa e orgulho de nela trabalhar. Quem tem potencial de crescimento, domina novas tecnologias e está investindo em si mesmo, não será despedido. Ser despedido não é um azar, um fato aleatório, uma rasteira do destino. É despedido quem construiu e gerou as condições para poder ser dispensado, confundindo eficiência com eficácia.
 
Quem corre o risco de ser despedido?
Aquele que está acomodado numa função, não tem sido promovido, nem recebe aumento de salário espontâneo. Tira férias integrais e não precisa ser substituído. Identificou-se em demasia com uma atividade em um determinado setor. É pouco versátil e pouco flexível. Tem uma atividade diretamente relacionada com o nível de produção ou atendimento de clientes.  Aquele que cumpre horário e faz o que é solicitado representa um recurso de trabalho que pode ser facilmente substituído. Quem tem cargo convencional de chefia geralmente não é essencial, ainda que pense que seja, pois se pode substituir com vantagem um “chefe” por um sistema mais racional de organização.  Quem tem uma remuneração superior à do mercado de trabalho é um candidato a ser despedido. 

Uma recomendação final: quem é despedido deve manter abertas as portas para o retorno, ou viabilizar uma atividade terceirizada, saindo com dignidade, sem questionar a decisão, e não deve tentar “negociar” a permanência.

*Professor de administração, consultor e empresário. 

Publicação autorizada com identificação da origem: www.empregabilidade.net

 

bottom of page